segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

A falta

A falta, com o tempo se torna ausência
De repente vira lembranças
E o que era próximo
Toma grande distância
Ai fica na memória
E as vezes ela falha
Outras até se apaga
Vira rio e não água parada
A dor se torna pensamento
E se é negativo, basta evitar
Mudou a chave e respirou fundo
Não tem mais falta é só caminhar
Murro em ponta de faca
Falar para quem não quer ouvir
Com tempo, amadurece
E o destino do fruto, é cair

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Faça


Faça!
Se for pelo outro
Somente faça
Não espere retorno
Simplesmente faça
Encontre dentro de ti o porquê
Ai sim, faça
E se acaso doer
Disfarça
Serve para amadurecer
Mesmo sendo sem graça

Humildade no aprender


Ouvir, entender, sentir
A humildade no aprender deve estar ai
Respira, observe, reflita
É a luta da ansiedade em ti

O tempo de sentir chegou
O achar que conhece
Há tempos já passou
E estamos ai loucos para sentir

Não me peça para correr
Que eu me canso
Não me peça para subir
Que eu balanço

Mas passo a passo
Eu vivo
Mas passo a passo
Eu consigo

Puxe um papo
Mas não me convença
Olhe nos olhos
Que seja intensa

Se você esqueceu o prazer do agora
Quem sou eu para lembrar nessa êfemera hora
Humildade de aprender
E humildade de ouvir querendo entender

Cale os conceitos
Seja pré
Seja pós
Seja fé

O que vale é entender
O que o outro é
Ou o que o outro diz
Julgue não, só seja feliz

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

A paz tem preço

Nos últimos dias um pensamento recorre, corre e corrói a minha mente.
Na verdade uma dúvida, uma inquietação.
Mas aos poucos a apaziguo e encontro os meus erros, sim apenas os meus erros.
Pois são eles que tenho que corrigir, são com eles que tenho que aprender.
Jogar a culpa na parede não a fará menos solida.
Isso só quem faz é o tempo.
Então a decisão está sendo tomada.
A dúvida apareceu como:
Comprar uma briga ou pagar pela paz?
No momento defini que pagar pela paz será o meu preço.
Será o meu sentimento.
Será a minha atitude.
Não por ser totalmente culpado.
Não por não ter nenhuma razão.
Simplesmente por entender que os erros meus precisam sim de uma lição.
Mesmo que a inquietação não passe de imediato.
Que a revolta interna diga para pegar em armas da ação intempestiva.
Vou preferir me abrigar entre os barulhos dos trovões e os solavancos da ventania.
O peito vai parar de doer e também vai se fortalecer.
Vou ter vontade de ver o sol raiar.
Então por enquanto pagarei sim o preço pedido pela paz.
O preço que meus atos levaram a inflacionar.
Mas que também os meus atos comprovaram que tinham de ser assim.
A paz tem preço.
O amadurecimento também.
Pagarei, talvez tarde, mas com certeza viverei.

domingo, 9 de agosto de 2015

Ele acreditou

E ele acreditou
Foi com força e coragem
Se entregou, cresceu
Mas como um facão lhe mostraram
Que acreditar era inocência
Que acreditar era perigoso
E ele acreditou
De repente viu que na primeira dificuldade
O que se tirou não foi o problema
O que se procurou não foi a solução
Tiraram apenas o que ele acreditava
E sem chão ele buscou algo novo para acreditar
Mas agora ele busca acreditar em si

sábado, 18 de julho de 2015

Ripas rígidas

As ripas rígidas se acham importantes por sua rigidez e muitas vezes cheias de certezas elas se negam a enxergar ou admitir ter que melhorar. Quando colocadas sobre pressão as ripas rígidas não costumam trabalhar muito bem e acabam quebrando por terem a certeza de aguentarem qualquer situação.
As ripas maleáveis ao contrário das rígidas até parecem mais frágeis e por ainda terem muitas dúvidas elas aceitam ajudas até mesmo das ripas que estão indo em outros sentidos que não o dela. Quando colocada sobre pressão elas cedem, trabalham o peso que está sobre elas e distribui o peso com as ripas que estavam em outro sentido e que sobre pressão ganham o mesmo sentido e trabalham juntas reduzindo a tal pressão. 
Esta história foi contada para mim por um grande bobo. 

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Seguinte

Primeiro passo
Passo seguinte
Primeiro degrau
Degrau seguinte
Primeiro sorriso
Sim está valendo a pena.